A osteoartrite ou popularmente conhecida como artrose, é uma doença degenerativa que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem e alterações ósseas. O Ministério da Saúde alerta que os sintomas mais comuns são dor, inchaço, calor e vermelhidão; as articulações mais atingidas são as das mãos, pés, punhos, cotovelos, joelhos e tornozelos. As articulações inflamadas ocasionam rigidez e com o progresso da doença, os pacientes podem desenvolver dificuldades para a realização de atividades diárias.
A doença não tem cura e um dos tratamentos que podem contribuir para a qualidade de vida é a fisioterapia contínua. É com o intuito de garantir atendimento para pessoas diagnosticadas com osteoartrite que surgiu a pesquisa da professora do Instituto Integrado de Saúde, Glaucia Helena Gonçalves. Serão avaliados dois grupos na modalidade assíncrona e síncrona. Na primeira, os exercícios serão realizados em casa com as orientações de um profissional via contato telefônico e na segunda modalidade os exercícios terá a orientação do mesmo profissional, acompanhando de forma on-line.
O estudo tem como objetivo fornecer teleatendimentos a pacientes diagnosticados com osteoartrite, avaliar qual a modalidade terá maior adesão, os benefícios na qualidade de vida e saúde. As avaliações são realizadas na Cidade Universitária.
A professora e coordenadora do projeto, explica que a intenção não é substituir o atendimento presencial, mas garantir que todos tenham acesso ao tratamento. Além disso, já há estudos na Austrália que comprovam os benefícios do teleatendimento e pretendem analisar os resultados no Brasil, onde há poucas investigações.
“A ideia é que possa atingir àqueles que não conseguem chegar até as clínicas, como a população rural e até a população em vulnerabilidade, que não conseguem se locomover até a clínica, por questões financeiras ou qualquer outro motivo. Pretendemos que o atendimento chegue a todos, especialmente falando da osteoartrite de joelho, que é uma doença crônica progressiva e degenerativa e quem a possui precisa realizar tratamento o resto da vida. As pessoas ao longo do tempo desistem, deixam de frequentar a clínica, de realizar a fisioterapia e acaba sentindo dores novamente. Algo que foi proposto como novidade na pesquisa, é a inclusão do método síncrono, a orientação on-line. Outros teleatendimentos são oferecidos apenas no formato assíncrono, através de vídeos, cartilhas e não tem um profissional conversando com as pessoas em tempo real”.
O estudante do Programa de Pós Graduação em Ciência do Movimento Fernando Boeira explica a importância da participação de voluntários. “O objetivo da pesquisa é avaliar os efeitos de dois programas de telerreabilitação, nos formatos síncronos e assíncronos no estado de saúde das pessoas, comparando os dois programas sobre a dor e funcionalidade dos pacientes, qualidade de vida e aderência dos participantes de cada programa. No momento estamos em fase de captação de interessados em participarem da pesquisa, esperando atingir um número considerável para dar início as intervenções. A participação desse público é muito importante para nossa pesquisa, pois dessa forma podemos avaliar e desenvolver novas possibilidades de intervenções para a população que seja acessível e fácil adesão”.
O projeto já atendeu cerca de dez pacientes e pretendem abrir para mais voluntários no mês de agosto. Estão aptos a participar pessoas com mais de 40 anos com diagnóstico clínico e radiológico de osteoartrite no joelho com sintomas a mais de três meses, não estar em tratamento fisioterapêutico e não ter realizados cirurgias no joelho.
Quem se interessar, pode entrar em contato pelo telefone: (67) 3345-7826 ou e-mail: projetoosteoartritepesquisa@gmail.com
Com informações da assessoria