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Publicado em: 05/06/23


O Serviço de Cirurgia Torácica da Santa Casa de Campo Grande realizou na última segunda-feira, 29 de maio, um procedimento de lobectomia minimamente invasiva em uma paciente com investigação de câncer de pulmão. A cirurgia por vídeo é considerada uma técnica menos invasiva e tem sido cada vez mais utilizada em procedimentos cirúrgicos.

A paciente em questão é fumante, com uma carga tabágica alta, o que ocasionou alterações no pulmão por conta de cigarro, sendo um fator de risco muito alto para o câncer na região. De acordo com o cirurgião torácico, Dr. Diogo Gomes, chefe do serviço no hospital, “o paciente que fuma tem 10 vezes mais chances de desenvolver um câncer de pulmão do que um paciente que não fuma”, destacou.

Após uma série de exames de imagens, devido o quadro respiratório, foi identificado uma mancha no pulmão, lesão altamente suspeita para câncer de pulmão. E com a avaliação de estadiamento das doenças malignas foi evidenciado que poderia se tratar de câncer. “A cirurgia para tratamento da lesão retira uma parte do segmento do pulmão, no caso cerca de 50% do lado esquerdo, para garantir que essa paciente tenha o tratamento adequado do câncer”, explicou o cirurgião Diogo.

Segundo o especialista, a cirurgia realizada por vídeo traz um trauma muito menor do ponto de vista cirúrgico que método convencional. “A proposta da cirurgia por vídeo é diminuir o tempo de internação do paciente e a dor pós-operatória e devolver esse paciente mais rápido para a vida ativa”, disse. Assim, o tempo de recuperação do paciente que passa por uma toracotomia, que é a cirurgia convencional, pode chegar a 30 dias, enquanto na cirurgia por vídeo em 15 dias o paciente já está fazendo suas atividades normalmente.

Outro detalhe importante da cirurgia por vídeo, conforme explica o especialista, e que diferencia da cirurgia convencional, para tratar de pulmão, é que o material utilizado para fazer a sutura, a ligadura das estruturas, é muito mais seguro do que fazer isso à mão. “Tem muitas evidências científicas mostrando que o uso de grampeador e cargas de grampeador para a ressecção, para cortes e sutura das estruturas, é melhor do que o cirurgião fazer isso à mão. Então isso também garante um melhor pós-operatório para o paciente”, firmou Dr. Diogo Gomes.

A equipe médica responsável pela cirurgia foi liderada pelo Dr. Diogo, chefe do serviço na Santa Casa, e contou ainda com o suporte de toda a equipe multiprofissional do Centro Cirúrgico e especialistas em anestesia. Durante a intervenção, a equipe utilizou instrumentos cirúrgicos especiais e um videoendoscópio para remover a parte afetada do pulmão da paciente, que permite uma menor dor pós-operatória, uma recuperação mais rápida, além de reduzir o risco de infecções.

Considerando o tratamento oncológico, o laudo definitivo do patologista vai determinar exatamente o tipo da doença e quais as estratégias de tratamento que será seguido pelas equipes que acompanham o caso. Dependendo das características da lesão na malha da peça cirúrgica, o paciente é avaliado dentro do estadiamento do câncer e é definido se ele precisa ou não do tratamento com quimioterapia ou cirurgia. “Todas essas análises, todos esses estudos são feitos para garantir o melhor tratamento possível para a doença, garantindo o maior tempo de sobrevida ao paciente. Um compromisso que a Santa Casa de cuidar de pessoas e salvar vidas”, finalizou o cirurgião, Dr. Diogo Gomes.

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