Diretores do Sistema Fiems receberam, na última quarta-feira (12/04), membros da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá (SMDES), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e da empresa MS Gás na sede da Casa da Indústria, na capital. O encontro foi organizado para juntar esforços e discutir sobre a possibilidade de implantação de um polo siderúrgico na região de Corumbá.
A ideia inicial é buscar um especialista para elaborar um estudo de viabilidade do processo de produção de aço a partir de minério de ferro na região pantaneira. O diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, disse que equipe do Departamento Nacional da instituição poderá colaborar com o projeto, já que possui desenvolvimento mais apurado sobre mineração e siderurgia.
“Normalmente, essas indústrias utilizam na produção o carvão como combustível principal e uma porcentagem mínima de gás. A ideia é apostar especificamente em fornos de gás, isso significa agregar valor ao produto. O Senai vai organizar o projeto para que eles possam tomar a decisão sobre custo-benefício e viabilidade do investimento”, afirmou.
A exploração mineral é uma atividade local importante, gera empregos e movimenta a economia de Mato Grosso do Sul. De acordo com dados da Semadesc, atualmente, o estado produz cerca de 7 milhões de toneladas de minério por ano. Esse número deve dobrar nos próximos anos, chegando a 14 milhões de toneladas, com destaque para as mineradoras de Corumbá e Ladário.
O secretário de desenvolvimento econômico e sustentável de Corumbá, Cássio Augusto da Costa Marques, citou a construção em andamento de uma siderúrgica em Mútun, na Bolívia. Um exemplo localizado próximo da cidade pantaneira, uma tecnologia possível, já existente, que demonstra a possibilidade de implantação de indústrias do ramo na região. Ele ainda pontua a importância da relicitação da Malha Oeste, a ferrovia tem 1.625,3 quilômetros de extensão entre Mairinque (SP) e Corumbá, atravessa Mato Grosso do Sul, passando por Três Lagoas e Campo Grande até chegar ao Pantanal.
“Isso vai alavancar muito a produção de minério em função do acesso ao mercado interno através de ferrovia. Hoje a gente tem uma mineração muito forte na região, mas a gente entende que o processo primário de mineração pode ser melhorado. Nós podemos investir, com o apoio de todos, na cadeia produtiva da mineração e siderurgia”, explica.