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Publicado em: 22/09/16


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Tropas do Exército e civis participam de apresentações hoje e amanhã em Jardim, Nioaque e Anastácio para lembrar episódio histórico.

Soldados, de vermelho, representam a tropa paraguaia e, de azul, a brasileira, no desfile de 7 de Setembro em Nioaque. (Foto: Divulgação)

Um dos principais episódios da Guerra da Tríplice Aliança, a Retirada da Laguna, chega aos 150 anos e, para relembrar a data histórica e emblemática para as tropas brasileiras que lutaram contra o Paraguai, será realizada quinta-feira e sexta-feira a 12ª Jornada Cultural da Retirada da Laguna, nos municípios de Jardim, Nioaque e Anastácio, com a participação de instituições civis, historiadores e professores do Projeto 150 Anos da Retirada da Laguna e organizações militares do Comando Militar do Oeste (CMO).

Segundo a assessoria do CMO, a jornada cultural tem como objetivo promover o estudo e a divulgação do episódio histórico da própria retirada e das operações bélicas do Exército Brasileiro ocorridas na então Província de Mato Grosso durante a guerra que durou quase seis anos, de dezembro de 1864 a março de 1870, quando as tropas paraguaias foram rendidas na localidade de Cerro-Corá.

A retirada foi um episódio ocorrido com uma coluna que saiu do Rio de Janeiro em 1865, reforçada em Uberaba (MG) e que chegou a Coxim após percorrer dois mil quilômetros a pé e, em Miranda em setembro de 1866. Em janeiro de 1867, assumiu o comando da coluna o coronel Carlos de Morais Camisão, contando apenas com 1.680 homens, que invadiu o território paraguaio, até Laguna, nas imediações de Bela Vista.

Em abril, afetada pela falta de alimentos e por doenças como o cólera, o tifo e beibéri, a coluna brasileira foi obrigada a retirar-se e passou a sofrer constantes ataques da cavalaria paraguaia, passando por Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Aquidauana e Miranda, chegando a Coxim em junho de 1868, reduzida a apenas 700 homens, vencidos pela fome e pelas doenças.

Esse episódio, narrado pelo Visconde de Taunay, o então engenheiro militar Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay, será relembrado nesta quinta-feira, a partir das 13h30, com a visita ao Cemitério dos Heróis, no município de Jardim; travessia do Rio Miranda e trilha para a Fazenda Jardim, onde acontecem as encenações com a participação de 40 militares da 40ª Engenharia de Combate Mecanizada. Na sexta-feira, as atividades acontecem em Nioaque, a partir das 9h, na Praça dos Heróis, com a encenação da explosão da igreja, que terá a participação de 70 militares do 9º Grupamento de Artilharia de Campanha (9º GAC) e 50 civis; feira de artesanato e, às 14h, prevista a visita ao Porto Canuto, à margem do rio Aquidauana, em Anastácio.

A 12ª Jornada Cultural da Retirada da Laguna tem a coordenação geral do Centro de Análise e Difusão do Espaço Fronteiriço (Cadef) do CMO e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e conta com apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e da Fundação de Cultura de MS (FCMS). Os ensaios foram realizados sob a coordenação técnica do diretor de teatro Fábio Germano e o cenário criado pelo artista plástico José Teodoro Filho, de Itaporã.

Fonte da notícia:http://www.progresso.com.br/

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