NIOAQUE ONLINE

Publicado em: 13/11/17


Os recursos que o Hospital Regional recebe proveniente da pactuação entre os municípios não tem sido suficiente

De janeiro a outubro deste ano, o Hospital Regional de Aquidauana Dr. Estácio Muniz já computa 80 mil atendimentos realizados, de pacientes de vários municípios. Manter as portas-abertas para receber os pacientes não é uma tarefa fácil para a direção administrativa do hospital e também para Prefeitura de Aquidauana.

Os recursos que o Hospital Regional recebe proveniente da pactuação entre os municípios não tem sido suficiente, sendo necessário que a Prefeitura de Aquidauana arque com essa despesa, com recursos próprios do município.

Para discutir a manutenção e custeio dos atendimentos no Hospital Regional de Aquidauana, ontem, 09, foi realizada, no Plenário da Câmara Municipal de Aquidauana, uma importante reunião de trabalho com representantes da microrregião, que compreende: Aquidauana, Anastácio, Miranda, Bodoquena, Nioaque e Dois Irmãos do Buriti, cidades cujos pacientes são atendimento na referida unidade hospitalar.

Participaram vereadores e os prefeitos de Aquidauana, Odilon Ribeiro; de Anastácio, Nildo Alves, e Bodoquena, Kazuto Horii; os municípios de Miranda, Dois Irmãos do Buriti e Nioaque, estiveram representados pelos secretários de saúde e vereadores.

Os diretores dos hospitais Estácio Muniz e Funrural, respectivamente, Joacir Gomes Mendes e Eulálio Abel Barbosa e o secretário municipal de Saúde de Aquidauana, Dr. Eduardo Moraes explanaram na reunião valores, dados técnicos sobre os atendimentos das unidades hospitalares e quanto tem sido o excedente que Aquidauana tem arcado. Os secretários municipais de Aquidauana, Wezer Lucarelli (Governo) e Euclides Nogueira Junior (Administração) também estiveram presentes para esclarecer dúvidas dos vereadores e demais prefeitos.

Essa reunião foi proposta pelo vereador Anderson Meireles, líder do prefeito na Câmara, que é quem iniciou toda essa discussão ainda no mês de outubro, com uma reunião envolvendo os presidentes das câmaras municipais dos municípios da microrregião e conclamou aos prefeitos para esse debate e cooperação.

O prefeito Odilon Ribeiro expôs aos presentes que “esse é um momento importante, que marca a história política e administrativa da região, é um ato em que os políticos demonstram maturidade com o trato da coisa pública, se unindo, dialogando e cooperando para resolver um problema de saúde que afeta toda a microrregião”.

O prefeito de Aquidauana frisou que em dez meses de governo, a prefeitura tem destinado recursos próprios para bancar também os atendimentos do Centro de Especialidades Médicas (CEM) e que Aquidauana pode melhorar a oferta de atendimentos de saúde se tiver a cooperação da microrregião. Ele também sugeriu que os prefeitos possam consolidar um consórcio para a compra de medicamentos, o que barateia o custo para os municípios.

Em regime de consórcio, o prefeito de Aquidauana também sugeriu a criação de uma usina de asfalto, para que os municípios possam recapear as ruas e avenidas, já que não há recursos específicos nos municípios para essas obras. “Até agora, de forma efetiva, não tínhamos juntado as forças para lutar pela nossa região. Mas, esse momento chegou e, aqui, estamos para não discutir mais problemas, ficar reclamando, mas viemos decidir qual é a solução”, destacou o prefeito Odilon Ribeiro.

Os prefeitos e os representantes dos demais municípios aceitaram a proposta de se unirem em um consórcio financeiro em que cada município, obedecendo à proporção de atendimentos de seus pacientes, destinará uma quantia mensal em dinheiro para ajudar manter e até mesmo melhorar os serviços de saúde pactuados na microrregião, ofertados em Aquidauana.

“O povo confiou em nós, políticos, a esperança de trabalhar e buscar melhorias, e hoje, com o sinal de “ok” entre os municípios para realizar esse consórcio, a classe política, prefeitos e vereadores, demonstram maturidade e acima de tudo, preocupação com a saúde de sua comunidade”, comemorou Meireles.
O prefeito Nildo Alves, afirmou na reunião, que essa proposta de consórcio é justa e significativa para os municípios, “pois Aquidauana não pode levar essa carga sozinha”. Já o prefeito de Bodoquena, Kazu, também reforçou a afirmativa de “a cidade pólo necessita de uma ajuda extra, para poder continuar atendendo os demais municípios”.

O presidente da Câmara de Aquidauana, vereador Valter Neves revelou que já há um diálogo iniciado entre as câmaras da microrregião para verificar a viabilidade jurídica para que parte do resultado da sobra do duodécimo das câmaras possa ser doado para os hospitais Regional e Funrural, visando ajudar no custeio e manutenção dos mesmos. “Nós, vereadores, também somos cobrados pela população nas ruas, que querem saber o que a câmara está fazendo para ajudar a saúde”, completou o vereador Valter Neves.

Ao final da reunião, ficou decidido que o consórcio financeiro será encaminhado por uma equipe jurídica dos municípios da microrregião junto com o CIDEMA – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa.

Compartilhar: