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Publicado em: 07/03/23


Alvo seria vereador Raphael Modesto, do PSDB; equipes da PF foram na casa e no gabinete dele

A Polícia Federal faz operação nesta terça-feira (7) em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. Viaturas foram vistas na frente da Câmara de Vereadores, na Avenida Brasil.

Fontes informaram que as buscas também estão sendo feitas na casa do vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB). A Polícia Federal confirmou a operação, mas ainda não divulgou detalhes da investigação.

O Campo Grande News apurou que a operação seria relacionada a inquérito aberto na delegacia da PF em Ponta Porã para apurar suposta grilagem de área de propriedade da União. O vereador prestou depoimento sobre o caso no dia 3 de novembro do ano passado. Ele também é advogado.

Segundo fontes da fronteira, a área de domínio federal é ocupada há anos pela família de Raphael Modesto. Quando “herdou” o terreno, ele teria construído uma mansão nas terras.

Na campanha do ano passado, Raphael Modesto enfrentou o próprio partido e foi um dos principais coordenadores na fronteira da campanha de Renan Contar (PRTB) ao Governo do Estado. A operação da PF segue em andamento.

Presidente da Câmara diz que operação da PF não envolve Legislativo

O presidente da Câmara de Ponta Porã, Candinho Gambínio (PSDB), disse que a Operação Bárbaros, desencadeada hoje (7) pela Polícia Federal, não envolve o Legislativo da cidade localizada a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

Na manhã desta terça-feira, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências do vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB), de um ex-vereador e de pelo menos três assessores parlamentares. Todos são investigados por grilagem de terra da União. Por ordem da Justiça Federal, Modesto foi afastado do mandato por 180 dias.

Na abertura da sessão ordinária, iniciada menos de duas horas após agentes da Polícia Federal deixarem o prédio localizado na Avenida Brasil, Gambínio leu uma nota curta e disse que a Câmara ofereceu respaldo total para as buscas.

“Acionamos nossa assessoria jurídica para acompanhar e prestar todo apoio aos trabalhos da Polícia Federal. Afirmo que trata-se de investigação que não envolve esta Casa de Leis”, disse o presidente.

Gambínio disse que ainda hoje a Câmara vai divulgar nota oficial sobre o caso. A Mesa Diretora também deverá se manifestar sobre a convocação do suplente de Raphael Modesto. A vaga dele na Câmara será ocupada pelo suplente Jorge Alves dos Santos, o Jorginho da Saúde (PSDB), que teve 581 votos na eleição de 2020.

A PF não divulgou os nomes dos investigados, mas o Campo Grande News apurou que o ex-vereador alvo de mandado de busca seria César Mattoso. Já as identidades dos assessores parlamentes ainda são desconhecidas.

A Operação Bárbaros investiga crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo o vereador, seus assessores parlamentares e o ex-vereador de Ponta Porã.

As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União em Ponta Porã. A PF ainda não divulgou o balanço das buscas.

Fonte e foto: Campo Grande News

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