De acordo com matéria da CNN Brasil, o novo comandante do Exército, general Tomás Miguél Ribeiro Paiva, nomeado por Lula nesta semana, teria sido uma indicação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A informação teria sido confirmada por fontes do próprio governo e de tribunais superiores.
De acordo com a CNN, essa indicação teria ocorrido em dezembro, às vésperas do anúncio feito por Lula sobre os novos comandantes das Forças Armadas. Lula não teria acatado a indicação de primeira, preferindo o general Júlio César de Arruda, pelo critério de antiguidade. Na época, o general e ex-vice-presidente, Hamilton Mourão, elogiou a escolha.
Tomás Paiva, o novo comandante, é o terceiro mais antigo, tendo iniciado o posto de general em 2019. A mudança dos comandos do Exército ocorreu depois dos protestos de 8 de janeiro, depois que Paiva se manifestou em apoio incondicional ao governo declarado eleito pelo TSE.
Ele se manifestou durante uma cerimônia no Quartel-General Integrado, em São Paulo, no dia 18 de janeiro. A fala do general, que representou um anúncio de fidelidade a Lula, pode ter feito com que o petista mudasse de ideia sobre a indicação de Alexandre de Moraes.
“Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. E é o regime do povo, de alternância de poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem de respeitar o resultado da urna”, disse o general Paiva.
Paiva afirmou, ainda, que “não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”. “Em que pese o turbilhão, o terremoto, o tsunami, nós vamos continuar íntegros, coesos e respeitosos e vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas”, ressaltou.
“Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste”, disse. “Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado.”
Fonte: Brasil Sem Medo