Publicado em: 08/06/16

Nioaqueonline entrevista João Pedro da Silva Junior, funcionário público há 24 anos como agente administrativo, foi militar por cinco anos e oito meses, foi recruta, soldado antigo, CB e Sargento temporário, casado com Keli, pai do José, Karol, Leonardo, Micheli e um enteado, o Dudy  que considera como filho. Já presidiu várias associações, entre elas: Santa Amélia, Bairro Monte Alto, Vila Nova Esperança vez que foi criador e fundador. Participou da fundação da associação do Uirapuru, Palmeiras, reestruturou associação da Andalucia, atuou como radialista na FM Nativa, FM Terena e correspondente oficial da FM PAN, hoje FM América 100,9. Atuou no esporte, época que criou o time Radar, vez que o renomado jogador Alex Dias jogava no time, quando aqui morou, no ano de 1991, foi coordenador de esportes juntamente com Vicente Paz com quem diz ter aprendido muito sobre a modalidade. Participou de partidos PP, PSDB sendo presidente do diretório municipal, PDT, PTB e atualmente esta no PMDB. Acadêmico do curso de geografia.

Nioaqueonline: Quantas vezes você já se candidatou? Qual foi a sua melhor votação, e em que partido você estava na época?

Junior: Quatro vezes, a minha melhor votação foi no PSDB, quando tive 218 votos, no ano de 2000.

Nioaqueonline: Você não se sente frustrado por participar tantas vezes e não ter êxito?

Junior: Sim, me sinto frustrado, por ter me dedicado a tantos trabalhos em favor dos munícipes, e não ter tido resposta, mas não tenho desânimo, jamais vou desistir, cada vez me fortaleço mais. Terminou a eleição, no outro dia continuo o mesmo Junior, lutando por todos.

Nioaqueonline: Você é considerado polêmico, você concorda com essa afirmação?

Junior: Concordo sim que sou polêmico, porque quando eu entro em um debate, eu entro sabendo o que eu quero, em detrimento de fazer a defesa de alguém ou de alguma causa, com conhecimento da situação ou legislação que o caso requer. Tenho um propósito comigo, ajoelhar só pra Deus.

Nioaqueonline: Você tem um apelido, “Junior Porco solto”, você se importa com isso, e como ele nasceu?

Junior: São duas situações, esse vulgo apelido, tem pessoas que tem liberdade comigo, que é do dia a dia, e agente percebe que não tem maldade, a gente se diverte. Por exemplo, Nakamura um grande amigo, sempre me chama pelo codinome, e eu não me importo porque sei que é de forma carinhosa, e assim tantos outros amigos me chamam. Mas tem alguns que é minoria, que em um debate, em discussão, alguém liga para saber do assunto, ai este algum diz “ ainda não terminou a reunião porque o Porco Solto está debatendo”. Nesse contexto sinto-me ofendido, porque faz referência menosprezando minha pessoa, ai me lembro da lei da física, pra cada ação uma reação. O apelido nasceu quando em véspera de eleição estadual, eu era o coordenador da campanha do Raul Freixes, quando em reunião no antigo escritório do Paulo Corrêa, estávamos Mene, Herbert, Paulo, Finado Aroldo, em fim a cúpula política de Nioaque, e eles queriam que eu parasse de fazer a campanha do Raul, para ficar do lado do candidato deles, eu não aceitava. E nas pesquisas da época o meu candidato estourava, tanto que foi o mais votado, foi então que alguns deles disse: “Ninguém para esse cara, parece um porco solto”, e assim ficou, e todos são meus amigos.

Nioaqueonline : Qual o segmento que você representa na sociedade?

Junior: Eu represento tudo que se diz respeito a coletividade, através de entidades, sou ferrenho defensor do SUS, onde participei ativamente desde de sua criação aqui em Nioaque, até a pouco tempo. Fui presidente do conselho municipal da saúde por quatro vezes, fui coordenador da micro região de Aquidauana, fazia parte da comissão de educação e saúde do estado. Por várias vezes fui eleito no município, na qualidade de delegado do conselho, para representar nas conferências estaduais, e por consequência eleito por várias vezes a representar o estado na conferência nacional.

Nioaqueonline : Por você sustentar esse segmento , você almejou resultados em defender este segmento?

Junior: Sim. Por exemplo, quando presidente da Vila Santa Amélia, eu tive conhecimento de como o projeto nasceu, vez que o governador do estado da época Dr. Pedro Pedrossian implantou o projeto de “desfavelamento”, e Nioaque foi contemplada com 100 módulos (casas). O então prefeito da época Valdir Couto, determinou a mim e a Jose Otácio e ao amigo Pacu para que coordenássemos os trabalhos de construção, que na época era em regime de mutirão, onde os contemplados tinham que estar trabalhando na construção e por fim ficou somente eu lá pois os outro dois deixaram de trabalhar lá. E ao findar o mandato do então prefeito, não foram concluídas as moradias, o que me levou a ter uma conversa, onde levei a proposta de fazer um sorteio, para os moradores ficarem em seus devidos lugares, garantindo a posse e direito do imóvel, e assim os moradores nãos perderiam seus imóveis, caso outra administração tivesse uma Ideia diferente. E assim aconteceu. Por fim os moradores tiveram que terminar por conta própria a construção de suas casas. Após as instalações de trinta e três famílias, criei a associação dos moradores da Vila Santa Amélia, para que de alguma forma fossemos atrás de infraestruturas. Hoje a Santa Amélia conta com toda infraestrutura que necessita um bairro.

Nioaqueonline: Como é ser presidente do conselho de saúde?

Junior: Primeiro a pessoa tem que ter no sangue o desejo de defender o SUS com unhas e dentes, e ter conhecimentos da legislação que norteiam o Sistema Único de Saúde, bem como a lei de criação do conselho 8080, até a mais caçulinha 142. E desses conhecimentos estar sempre ativos em busca de capacitações, e assim conhecer os três segmentos que compõe o conselho que são os usuários, os trabalhadores em saúde e gestor prestador. Depois de tudo isso, participar de eleições em seus fóruns, exceto o gestor prestador que indica. Feito isso estarão fazendo parte do conselho. Eu sempre participei através de eleições, onde era escolhido. Eu como presidente atuei dentro da legalidade, fazendo o controle social, aprovando as contas da saúde ou não aprovando, com pleno sempre soberano. Fui autor do primeiro seminário de saúde de Nioaque, onde naquele tempo não havia um médico de família, vez que não existia o ESF ( estratégia de saúde da família), no seu início era PSF(programa de saúde de família) Nioaque foi contemplado através dos trabalhos realizado neste seminário.

Nioaqueonline: Você já foi perseguido politicamente ou administrativamente por se posicionar na política?

Junior: Na política é normal você ser perseguido, se é companheiro é companheiro, se é adversário é adversário. Tenho um jargão comigo que “quem não e perseguido é gato malandro que fica em cima do muro”. Administrativamente já não é normal, mas por vários mandatos fui perseguido, sofri sindicância, retaliações, por exemplo, quando eu assistia as sessões do poder legislativo, incumbido do cargo de presidente do conselho, onde era respaldado, fui censurado, e proibido de estar acompanhando os trabalhos do legislativo, por ser horário de expediente. Chegou ao ponto de apresentar minha presença registrada no livro do poder legislativo na sindicância, ato este como meio de querer me tolher, proibir em acompanhar as situações correspondentes à saúde. Outro exemplo foi quando fui a convite das autoridades indígenas, acompanhar os trabalhos realizados na Serra de Maracaju, quanto ao acidente ali ocorrido, onde vitimou patrícios da comunidade indígenas, respondi sindicância por estar ali representando o conselho de saúde. A meu ver eles querem que a atuação do conselho seja idêntico com o que acontece no poder legislativo, ou seja, dependência total. Só que no conselho é diferente, os conselheiros não tem salários, é um trabalho relevante ao município, e todos tem responsabilidades, principalmente setores dos usuários. Eu sempre me posicionei de forma independente. Atuando para o bem coletivo, cuidando de todos, principalmente das contas do erário publico referente à saúde, veja isto ate cadeira voou em minha direção saindo da estrutura física do então Prefeito.

Nioaqueonline: Como você avalia os trabalhos do poder executivo em Nioaque?

Junior: Como avaliar um governo que já entrou através da mentira, lançando em véspera de eleição uma pesquisa mentirosa, onde não respeitou a legislação que norteia o sistema de lançamento de pesquisa, isso é público e notório. E público e notório também que quando ele assumiu o mandato, ele recebeu a administração em nível alto, ou seja, a meu ver, ele sobreviveu com o planejamento da administração anterior, bem como o término da rodoviária, construção dos postos de saúdes (UBS), que eram emendas asseguradas, angariadas na administração anterior, tal como a construção do EFS da Colônia Nova,

Uirapuru, e Urbano II. Também ficou assegurada a compra da unidade de resgate, que até no dia de ontem não foi ainda equipada. Os veículos que vieram (pálio) que foi emenda angariada na administração anterior, academia ao ar livre todas angariadas na gestão anterior, lamento que até o presente momento não foi apresentado por este governo emendas parlamentares que viessem atender o macro. Salvo que o vereador Jorge conseguiu emenda com o deputado Junior Mochi, um veículo para atender o Uirapuru, e outro pelo deputado Picarelli, que parece que foi verba disponibilizadas nessa gestão. Posso afirmar que essa gestão não conseguiu trazer um palmo de asfalto, e nem fazer a manutenção dos existentes. Com o gestor, eu sou testemunha de que o que se fala de manhã não se escreve, porque a tarde é outra coisa. Já tivemos administradores ruins, mas como este de chegar ao ponto de deixar cortar a energia da própria prefeitura, ginásio de esporte, campo de futebol, deixar cortar o sistema de internet da saúde, telefone, etc… Gente é pra acabar com as mangas de Nioaque. Admiro ainda que ele tenha pretensão de disputar uma reeleição. E lamentável que existem pessoas ligadas a ele que o incentiva, que não estão pensando no município, estão somente pensando em salvar seus mandatos. Minha opinião!

Nioaqueonline: O que a população pode esperar de você como pré candidato ao cargo do legislativo?

Junior: Muito trabalho, porque a função do legislador é simples, é de fiscalizar o erário público, patrimônio público, e legislar pela causa popular. Manter um bom convívio com o poder executivo, bem com o poder judiciário. Lutar pela causa do povo, principalmente aos órfãos de benefícios que a legislação os assegura.

Nioaqueonline: O que você destaca em sua trajetória política?

Junior: Atuei em varias associações, no conselho de saúde, no sindicato dos trabalhadores rurais em sua reestruturação,

Nioaqueonline: Como você avalia os trabalhos do legislativo?

Junior: Como avaliar? Se a nossa cidade já estava vivendo na era contemporânea, e estamos regredindo, já estamos deixando a idade média, e já entrando na idade da pedra lascada. Um dos fatos que realmente marcou essa legislação foi a expulsão de pessoas com poder de opinião do pleno, fazendo a mudança do horário de funcionamento da sessão. Outro fatos eles legislaram em causa própria aumentando seus salários em quase 100%, absurdo isso. Não vi um vereador, mesmo aquele que foi eleito com votos de funcionários fazer o encaminhamento de um projeto de lei que pudesse vir ao encontro para com os funcionários públicos municipais, ficaram assistindo de camarote o achatamento do salário dos servidores públicos municipais, lamentável ver o vereador

mais votado na história do município, que em outro mandato era ferro e fogo combatendo o que ele percebia, como ele falava falcatruas, o tempo ao senhor da verdade, onde está esse vereador hoje? Que não vê o desmando desse governo em desfavor dos munícipes, chegou a hora de todos nos juntos dizer não ao loteamento de cargos públicos, e deixando assim os funcionários de carreiras a ver navios. Ele vai à radio dizer que pensa nos funcionários, nos pais, nas mães, nos jovens, mas o projeto de lei que garante aos funcionários cesta de aniversário, que havia um valor aproximadamente de R$ 160,00 reais foi reduzido por um cartão cerca de R$ 130,00 reais, e os vereadores nada fazem para reverter a situação.

Nioaqueonline: Com que Junior vai caminhar para o executivo já que tem alguns nomes intitulados como pré-candidatos?

Junior: Por questões de fidelidade partidária, coisa essa que carrego comigo, tenho por obrigação apoiar o candidato da minha agremiação, o qual percebo que é o mais preparado para trabalhar, cuidar e zelar pelo que é do povo, que é Hemenegildo Santa Cruz Neto, o pré candidato ao executivo, conhecido como Mene.

Nioaqueonline: Deixe suas considerações finais.

Junior: Pela primeira vez eu vou abrir pra você Elizete e seus leitores do Nioaqueonline, quando determinei ficar em Nioaque, eu disse para meus pais que iria lutar pela minha cidade, eu tenho um projeto desde então, nunca falei isso pra ninguém, na esperança de chegar ao poder legislativo e poder assim fazer realmente a criação jurídica deste meu projeto, que carrego há 24 anos, denominado “Mãos que ajudam”. Como eu sou pedreiro por formação, esse projeto é para as pessoas que realmente necessitam das mãos que ajudam, exemplo, se uma edificação custa dez mil, este projeto fará com menos da metade. Já fiz muitas coisas nesse sentido, ajudando as pessoas, e acredito se assim Deus querendo eu tendo a oportunidade de chegar ao legislativo, poderei dar vida a esse projeto, transformando em lei. Quero agradecer a Deus, aos meus pais mesmo não estando mais presente aqui na terra, aquém eu me comprometi jamais manchar o nome deles, agradecer a família, aos amigos que tanto me ajudaram, gostaria de fazer justiça, defendendo assim o SUS, sito aqui dois nomes que realmente iriam fazer a diferença na nossa saúde pública, Drª Kênia Andréa, e Claudionor. Agradeço ao site pela iniciativa, e que dessa forma vem contribuir e levar a mensagem de muitos que jamais sonhara fazer com que seus pensamentos chegassem onde vai chegar, através do meio da internet. Sou de família humilde, mas quem conhece o Junior sabe quem é. Alguns feitos: Fundador da Vila Nova Esperança, Vila ao lado do cemitério, Vila Nova Esperança, Vila perto da ponte, Jockey Clube onde era pista de cavalo, transformei em loteamento, e foi distribuído à pessoas que precisavam, todos são legados que deixo através dos muitos trabalhos que realizei. Posto artesiano do P.A Conceição no Taquarussu.