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Publicado em: 05/03/24


Dissemina-se no Supremo Tribunal Federal a percepção segundo a qual o depoimento do general Freire Gomes à Polícia Federal, na sexta-feira, leva água para o moinho da condenação de Bolsonaro e do alto-comando da tentativa de golpe de Estado.

Nas palavras de um ministro da Corte, o interrogatório do general, que comandou o Exército entre março e dezembro de 2022, “é melhor e mais valioso do que uma delação, porque contém revelações de uma testemunha, não de um criminoso à procura de benefício judicial.”

De acordo com o ministro, que acompanha o caso de perto, o resultado do depoimento de Freire Gomes “consolidou o quadro probatório.” Deu “consistência” a provas que já eram “sólidas”.

Ao comentar o depoimento do general, cuja íntegra permanece em sigilo, o ministro do Supremo evocou, com ironia, o versículo bíblico predileto de Bolsonaro. “Como diz o Evangelho de João, ‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’. A diferença é que, num inquérito policial, a verdade às vezes produz resultado diferente da liberdade.”

No miolo do seu depoimento, Freire Gomes confirmou ter participado de reunião em que Bolsonaro expôs minuta golpista aos chefes militares. Nesse ponto, confirmou o que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid já havia delatado.

Fonte: UOL

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