A GWM Brasil divulgou no final de abril, como será a operação da sua fábrica em Iracemápolis (SP). Durante cerimônia realizada dentro da própria planta, o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fez o anúncio oficial da data de estreia da linha de montagem da Autotech brasileira. Em pronunciamento realizado ao lado do CEO Américas da GWM, James Yang, o Vice-Presidente confirmou que o início das atividades da fábrica será no dia 1° de maio de 2024.
Geraldo Alckmin divulgou ainda os detalhes da operação da fábrica, que será a primeira do Brasil dedicada exclusivamente à produção de veículos híbridos e elétricos e a maior da GWM no Ocidente. A partir do primeiro semestre de 2023, a planta vai iniciar seu projeto de modernização e ampliação da linha de montagem, para possibilitar não apenas a produção de veículos com um alto nível de conectividade e eletrificação, mas também um aumento da sua capacidade instalada.
Os planos da Autotech brasileira preveem que a fábrica de Iracemápolis terá sua capacidade ampliada dos atuais 20.000 veículos por ano para o limite de 100.000 unidades anuais, o que vai possibilitar a geração de aproximadamente 2.000 empregos diretos.
Além de suprir a demanda do mercado nacional, o aumento da capacidade produtiva tem também como objetivo fazer da unidade de Iracemápolis um polo de exportação de veículos eletrificados para toda a América Latina. A fábrica brasileira será a quarta base completa de produção da GWM no mundo (e a primeira fora da Ásia), que inclui ainda as unidades operacionais na China, na Rússia e na Tailândia.
Os recursos necessários para a ampliação da fábrica, contratação de colaboradores e início da produção fazem parte do plano de investimento de R$ 10 bilhões que a GWM destinou para a operação brasileira, com prazo de duração de dez anos, anunciado pela GWM em janeiro de 2022.
A determinação da Autotech brasileira de produzir apenas modelos híbridos e elétricos na planta de Iracemápolis faz parte do compromisso global da GWM de atingir a neutralidade de carbono em todos os seus mercados mundiais até 2045.
Dois modelos confirmados em Iracemápolis
A GWM também confirmou que a fábrica de Iracemápolis vai produzir dois veículos: um SUV e uma picape, ambos modelos híbridos, que vão compartilhar a mesma plataforma e motorização.
Os dois veículos deverão ser exportados para toda a América Latina e já estão sendo desenvolvidos especialmente para adequar seus projetos às preferências do consumidor brasileiro e às condições de rodagem do território nacional, principalmente seus sistemas de motorização, suspensão, direção e conectividade.
Primeira picape híbrida flex nacional
Ao final do pronunciamento, Geraldo Alckmin e James Yang apresentaram um dos modelos que será produzido na planta de Iracemápolis: uma picape média que se chamará Poer (pronuncia-se “póuer”).
A GWM Poer foi exibida aos jornalistas e autoridades presentes com uma camuflagem parcial, indicando que ela já iniciou a fase de desenvolvimento de projeto para atender à legislação do país e às exigências do mercado local.
Quando for lançada comercialmente, a GWM Poer será a primeira picape híbrida produzida no Brasil. A montadora também confirmou que o modelo será flex, podendo ser abastecido com etanol para reduzir ao máximo sua pegada de carbono. A picape Poer será também o primeiro veículo flex do mundo desenvolvido pela GWM, unindo assim a eficiência do motor elétrico com a autonomia do combustível verde brasileiro.
Durante sua visita pela linha de montagem, o Vice-Presidente foi apresentado à toda variedade de tecnologias sustentáveis que a GWM dispõe na China e que serão oferecidas no mercado brasileiro nos próximos anos, como veículos híbridos tradicionais, híbridos plug-in, elétricos e movidos a hidrogênio.
Durante a apresentação a Alckmin, executivos da GWM informaram que dentro da atual fase de desenvolvimento do mercado brasileiro, o híbrido plug-in flex abastecido com etanol é uma das combinações mais sustentáveis, porque reúne uma tecnologia adequada para um país de dimensões continentais como o Brasil com a eficiência da matriz energética elétrica do país, que hoje é composta por mais de 80% de fontes renováveis, muito superior à média mundial, que é de cerca de 30%.