Começou nesta terça-feira (18) o treinamento e capacitação dos profissionais de escolas púbicas e particulares, realizado pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar, visando à preparação para situações emergenciais que demandem condutas específicas de segurança no ambiente escolar.
Durante dois dias, mais de 20 profissionais recebem diversas instruções como: Conhecimento das Fases da Interrupção, Mitigação e Resposta; Estudo de Ambiente para Fuga e Evasão- Abrigos e Coberturas; Contato com Policiamento Escolar; Noções de Explosivos e Conduta Primária, além de Confecção do Plano Operacional Padrão (POP).
Para dar início aos trabalhos, funcionários de seis escolas, entre públicas e particulares, estão recebendo a capacitação no prédio do Batalhão de Operações, mas a proposta é atender todas as escolas do Estado de forma progressiva.
“Estes funcionários terão a missão de se mexer dentro das escolas para que se crie uma cultura para esse tipo de situação. Quanto mais estivermos preparados, mais conseguiremos êxito nas nossas ações. É melhor termos uma ferramenta e não usar, do que não ter e precisar”, explicou o comandante do Bope, tenente-coronel Vinicius de Souza Almeida.
Inicialmente foram feitas visitas aos prédios para avaliação da engenharia e arquitetura predial. “Foram anotados alguns pontos de observação e serão repassados às escolas para que haja melhoria na segurança e facilite o nosso protocolo, que é fugir esconder e resolver”, ressaltou o comandante.
De acordo com ele, o BOPE atua “nas situações da segurança pública que fogem da naturalidade e essa é mais uma delas e assim criamos um protocolo para transmitir a toda rede de ensino”, frisou.
Em maio o Batalhão de Operações Policiais iniciará o Curso de Multiplicadores, que será a instrução de policiais militares para que estes repliquem a outras equipes da PM o treinamento especifico para casos de condutas de segurança em ambiente escolar. “Eles receberão instruções de condutas de antecipação, prevenção e resposta e serão orientados quanto ao treinamento que deverão realizar com demais militares”.
Esta capacitação com os profissionais da educação é mais uma das ações estratégicas do Plano de Gestão de Risco e Segurança nas unidades educacionais, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Polícia Militar. “Sempre utilizo uma comparação com o Japão. Se conversarmos com uma criança de 4 anos no Japão, ela sabe exatamente o protocolo que deve seguir em caso de terremoto, uma situação comum naquele país. Então, também precisamos criar essa cultura dentro do ambiente escolar de conhecimento e prevenção”.
A funcionária da escola Municipal Padre Heitor Castoldi, Thais, afirmou que foi uma experiência singular e necessária. “Foi excepcional! Visualizamos e colocamos em prática ações de grande importância, além de receber treinamento para observar e detectar ações de risco”, disse ela.
Com informações da assessoria