O Festival Mais Cultura chega a mais uma edição e tem cerca de 300 atividades previstas entre os dias 25 e 29 de setembro, na Cidade Universitária. O evento busca democratizar o acesso à cultura e é aberto a toda a comunidade. Confira a programação completa.
O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes, explica que o Festival visa impactar estudantes e servidores com a cultura produzida dentro da própria Universidade e por parceiros, além de integrar a comunidade externa. “Tem um duplo objetivo: a gente quer impactar a comunidade interna e sensibilizar para as artes, e o outro aspecto é trazer para dentro da Universidade a comunidade campo-grandense. A ideia do Festival é circular o que temos de produção, trazer coisas bem elaboradas e colocar tudo isso à disposição”, reforça.
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Esta é a 9ª edição do Mais Cultura e estão previstas manifestações artísticas nas unidades, palestras, oficinas e apresentações no Teatro Glauce Rocha. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. Os interessados nas oficinas e palestras podem se inscrever aqui.
Outro destaque da edição são as apresentações no Teatro Glauce Rocha. A programação tem diversas atrações, de segunda a sexta-feira, sempre às 20h. Serão realizadas apresentações clássicas, como o Quinteto da Orquestra Sinfônica da Unicamp; o Concerto de Coros; além do espetáculo “Assim contava meu avô”, do Clube de Artes Cênicas do Colégio Militar de Campo Grande; da peça teatral “O Burguês Fidalgo”, do grupo de teatro Senta Que o Leão é Manso; e a apresentação de dança “Chafica”, da Cia do Mato. O Festival também traz a música regional do Estado, com o Grupo ACABA. Para assistir às apresentações gratuitas, é necessário reservar o ingresso na página.
O músico Moacir de Lacerda, do Grupo ACABA, destaca que grandes nomes surgiram em festivais, como Paulo Simões, Tetê Espíndola e Geraldo Espíndola. “Todo festival tem um propósito maior que é a revelação de talentos e o Grupo ACABA surgiu, em 1971, em um festival universitário. Então vejo um festival como oportunidade para novos talentos e também para os talentos já consagrados”, ressalta.
A cultura é um direito previsto na Constituição Federal e festivais são importantes para garantir que a população tenha acesso. A diretora da Faculdade de Educação, Milene Bartolomei Silva, destaca a relevância do evento. “É uma forma dos estudantes e servidores poderem interagir com a cultura. Às vezes é a única oportunidade que eles têm de cultura, é um momento de lazer dentro da própria Universidade”, afirma.
Roberto Figueiredo é diretor do grupo de teatro Senta Que o Leão é Manso e reforça a alegria em participar do Mais Cultura novamente. O grupo apresenta a peça O Burguês Fidalgo que conta a história de um burguês rico que deseja tornar-se aristocrata. “O Festival é importante para mostrar a produção cultural de um local, desde que haja um fomento para que estas atividades culturais aconteçam em outros períodos. Acho que um festival cultural deve ser o resultado desse fomento à cultura e à arte”.
Joel Mendes, egresso do curso de Música da UFMS e estudante da Faculdade de Ciências Humanas, também já participou do Festival e tocou diversos estilos, como duo de violões e conjunto de choro. Ele comenta que chegou até a tocar no Hospital Universitário, em uma das manifestações artísticas do Mais Cultura. “Penso que o Festival contribui para democratizar a cultura na medida em que o evento proporciona o contato com diversas experiências artísticas e culturais promovendo diálogo e troca de conhecimentos entre as diferentes formas de se produzir cultura, que certamente é uma experiência enriquecedora para a comunidade acadêmica”, relata.