Por JULIANO QUELHO Witzler Ribeiro*
O agronegócio brasileiro tem inúmeros desafios para crescer, de forma sustentável, no ano de 2023.
Dentre os principais desafios está vencer e acabar de uma vez por todos com a tremenda mentira contado em âmbito internacional que a força do nosso agro se deve à queimada e destruição de florestas tropicais.
No jogo de disputas internacionais, os países desenvolvidos do hemisfério norte, e até organismo internacionais, não conseguem competir com um país que usa somente 7,8% do território para alimentar 1 bilhão de pessoas no mundo, como o caso do Brasil. Por conta disso, eles recorrem ao uso de golpes baixos consistentes nas propagandas feitas para boicotar o agronegócio brasileiro.
A artimanha fica muito clara quando o relatório norte-americano “farms here florest there” (traduzido por “fazendas aqui florestas lá”) defende abertamente que seria missão do Brasil preservar as florestas para que os países ricos desenvolvam agricultura deles, o que engordaria a renda do produtores norte-americanos em US$ 230 bilhões.
Ao invés do que é propagandeado, o Brasil não é responsável pela poluição mundial nomeada de aquecimento global, camada de ozônio, mudança climática ou qualquer outro cenário apocalíptico que se busque colorir.
Muito pelo contrário. O Brasil atingiu um status de desenvolvimento sustentável imbatível – o qual continua em expansão graças à tecnologia, técnicas limpas de plantio direito e muito trabalho –, ao passo que os países do norte, eles sim, são os verdadeiros responsáveis pela poluição mundial.
O uso de energia mediante a queimada de gás e carvão na Europa; os corriqueiros incêndios na Sibéria e Califórnia; e até a destruição de museus por guerras ou pelo fogo na catedral de Notre-Dame (meio ambiente cultural); são apenas alguns exemplos vivos de tamanha hipocrisia da parte dos países desenvolvidos.
Já em relação ao Brasil, além de sustentável, o agro é altamente competitivo. Segundo a Embrapa, 66% do Brasil são de áreas já protegidas, o que é equivalente a cinco países da Europa e mais duas Noruegas e meia; 26% do território nacional está preservado dentro de imóveis rurais privados; em média, 50% das terras de imóveis rurais privados são de preservação, entre todos os biomas; R$ 260 bilhões são gastos anualmente pelos produtores rurais brasileiros para manutenção das suas reservas legais. Nenhum outro país faz isso.
Além disso, o Brasil tem ainda o boi mais feliz do mundo. Segundo a Embrapa, a média de ocupação de pastagens no Brasil é de 0,95 unidades animal por hectares, contra a média de 0,36% no resto do mundo.
Segundo o mestre Devanildo Braz da Silva, o conceito de sustentabilidade no agronegócio possui três dimensões: econômica, social e ambiental. “A sustentabilidade nos negócios tem como pilares as pessoas, o planeta e o lucro. As pessoas remetem à dimensão social, o planeta ao ambiente e o lucro à economia”, afirma Silva.
Muito longe do foco da sustentabilidade estar na “recuperação e preservação do meio ambiente”, como deve ocorrer nos países do norte, no Brasil qualquer discussão acerca dela só é válida se estiver focada na obtenção de eficiência na produção agropecuária visando ao desenvolvimento e prosperidade dos brasileiros. Ponto final.
Vale dizer, o Brasil não pode aceitar pitacos de lobos que vestem a pele de protetores do mundo na intenção espúria de engolir nossos recursos naturais e frear o desenvolvimento nacional, amedrontados que estão com a força do agro brasileiro.
Assim, um dos maiores desafios do agronegócio brasileiro também é vencer a guerra de narrativas criada pelos países do norte, já que eles estão somente preocupados em boicotar o agronegócio brasileiro por ser ele muito mais competitivo que o deles.
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*JULIANO QUELHO Witzler Ribeiro. Advogado no escritório Juliano Quelho Advogados. julianoquelho.com.br