Com 3,2 kg, Valentim Angel Santos Amorim chegou ao mundo através de um parto raro e inédito para a maternidade da Fundação Hospitalar de Costa Rica (MS) . Empelicado, o bebê deixou a equipe médica maravilhada com o acontecimento atípico no mundo da obstetrícia.
O parto foi feito pela ginecologista e obstetra, Talita Franco, que explicou que apesar de raro, o parto não traz maleficio algum nem para mãe e nem para o bebê.
“É um parto difícil, já que normalmente essa bolsa amniótica que a protege rompe durante o parto. Esse processo é uma das belezas da obstetrícia, nele o bebê permanece dormindo até que a bolsa seja rompida”, explica a especialista.
Além de raro, o parto de Valentim, que ocorreu nessa quinta-feira (6), também marcou história no hospital do município, já que a equipe médica nunca havia presenciado o fenômeno.
“No momento em que vimos que o bebê nasceria empelicado, todos que estavam na sala ficaram muito empolgados, porque há muito tempo esperamos ver um parto empelicado, mas nunca aconteceu. Sempre acontecia de começar a nascer empelicado, mas em seguida, havia o rompimento da bolsa”, disse a enfermeira coordenadora do Centro Cirúrgico, Ketly Kalielly Silvéria Felix.
A enfermeira disse ainda que o nascimento é um momento lindo e vê-lo ainda dentro da bolsa emocionou todos os presentes.
Talita contou ao g1 que desde que começou sua carreira médica, em 2018, conseguiu apenas 5 vezes efetuar um parto empelicado. “Essa técnica não traz malefícios nem para a mãe e nem para o bebê, já que a criança continua recebendo oxigênio e também nutrientes através do cordão umbilical”.
A bolsa amniótica é composta por uma película fina e transparente. É quando ela estoura que, normalmente, há a sinalização de que a criança está prestes a nascer. Quando o líquido amniótico vaza, a mãe entende que está há horas ou momentos do parto.
Contudo, quando esta bolsa não se rompe, acontece o chamado parto empelicado. Não há risco para mãe ou para o bebê. Após a retirada do bebê envolvido pela bolsa, o médico faz um pequeno corte na película para que ela estoure e a criança seja, então, retirada. Não é possível prever quando esse evento pode ocorrer.
A partir daí, a criança segue para os procedimentos habituais, ou seja, os testes e exames são realizados pelo pediatra neonatal para avaliar a saúde geral do recém nascido.
Segundo os médicos, o parto empelicado não oferece risco a gestante e nem ao bebê. Em alguns casos, o fato de o nascimento acontecer desta forma pode proteger o recém-nascido.
Como por exemplo, quando a gestante tem alguma doença infecciosa e o bebê não deve entrar em contato com o sangue da mãe para não se contaminar.
Outro benefício listado pelos especialistas, é que a bolsa intacta protege o bebê contra possíveis traumas ou escoriações na hora do nascimento.
Fonte: G1 / Foto: MS Todo dia – divulgação