Atualmente, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), filiado à Rede Ebserh, possui em seu quadro profissional 2.200 funcionários, entre concursados e terceirizados, sendo que a maioria são mulheres e, grande parte, mães.
Cada uma delas construiu sua vida de um jeito diferente, mas com força, garra, determinação entregam o seu melhor no trabalho, conquistando admiração e espaço no hospital.
No entanto, por trás de cada uma dessas profissionais, existe uma mãe, que tem uma bela história pessoal sobre maternidade e que consegue administrar com maestria a dupla e até tripla jornada.
Embora a maternidade seja cercada de romantismo, de ser um momento divino, ela ainda é repleta de dúvidas, abnegação, inseguranças, de medo e também de superações e aprendizados.
O Humap é repleto de profissionais com narrativas de superação, conquistas e fé em seu papel de mãe. Para representar todas elas, foram escolhidas três histórias de colaboradoras que contam sua experiência nesse universo tão complexo e doce chamado maternidade.
Unidos pela barriga e pela profissão – Lurdes e João Daniel
A enfermeira Lurdes Regina Barbosa Areco, Chefe da Unidade de Apoio à Gestão em Enfermagem, mãe do também enfermeiro João Daniel Menon viu seu mundo materno desabar há 2 anos atrás, ela perdeu o filho para a pancreatite. Foram mais de 120 dias de internação em que Lurdes acompanhou de perto todo o processo. E a dor foi dupla: como profissional da saúde que sabia do quadro clínico e como mãe que precisava se manter inteira. Ela ainda está no processo de cura de uma dor que não passa. No último dia 1º de maio, Lurdes postou em suas redes socais uma homenagem a João: “Hoje é seu aniversário de 39 anos, infelizmente você está do outro lado do caminho e não posso te abraçar. Te amo eternamente e agradeço a Deus pelos 37 anos que você esteve aqui nessa terra”.
E mesmo com o coração em mil pedaços, Lurdes segue em frente, exercendo com excelência seu trabalho e é uma das enfermeiras mais respeitadas e admiradas do Humap.
Lurdes e o saudoso João Daniel
O mundo azul de Aline e Eduardo
A psicóloga Aline Zottos Moreira, chefe da Unidade de Gestão de Graduação, Ensino Técnico e Extensão é mãe de Eduardo, portador de Transtorno do Espectro Autista. Há pouco mais de 2 anos, ele, que hoje está com 6, recebeu o diagnóstico. Aline conta que foi complicado, pois o Eduardo é verbal, responde comandos, possui brincar funcional. Ela sabia que algo não encaixava e continuou buscando profissionais e fazendo avaliações, até que o diagnóstico foi confirmado.
“O momento do diagnóstico é muito delicado, é um luto que a mãe precisa passar, mas com o filho ali ao lado e saudável. O medo do futuro assusta, o tempo todo, pois nunca se sabe o que ele vai passar, se vai sofrer pela deficiência. A vida muda completamente. O Eduardo faz duas terapias por dia, de segunda à sexta e frequenta escola regular. A rotina é exaustiva, para ele, para mim e para toda a família, mas juntos damos conta. Ele é a coisa mais perfeita da minha vida e eu sou pura gratidão por ele ser meu filho. A mãe tem um papel fundamental na vida do filho, sempre. No caso de uma criança neurodiversa muito mais. Para a mãe não se trata apenas de levar na terapia, porque a aprendizagem se dá muito mais em casa. Cada dia é um progresso, uma vitória. No meio disso ainda tenho a Gabriela, de 10 anos e preciso administrar a atenção entre eles. Ser mãe não é fácil, mas mesmo diante de todos os desafios, cada segundo vale a pena”, conta Aline.
É praticamente impossível encontrar com ela nos corredores do Humap sem que esteja com um sorriso no rosto, munida de total calma e simpatia.
Eduardo e Aline
Da endometriose às contrações na sala do trabalho – Kelly e Mariana
Kelly Krystynny Da Silva Santos Vollkopf, chefe da Divisão de Gestão de Pessoas, estava tentando engravidar há alguns anos sem sucesso. Ao realizar exames recebeu o diagnóstico de endometriose. Foi necessária realização de cirurgia. Após dois meses do procedimento, Kelly estava grávida de Mariana, sua primeira filha. Como mãe de primeira viagem, ela relata como tem sido os primeiros meses dessa nova etapa de sua vida: “Quando me tornei mãe percebi que estava vivendo uma grande mudança interna e externa, com um misto de emoções, pois viver o puerpério é desafiador e nada romântico como propagam. Noites mal dormidas viraram rotina, a preocupação se está tudo bem também é frequente. É cansativo ser mãe, sim é muito cansativo, mas quando vejo o rostinho da minha filha, o brilho no olhar e o sorriso, tudo me fascina.O momento mais encantador e o meu preferido da nossa relação é a amamentação, pois é neste período de aconchego, que constato toda importância que tenho para ela e percebo a cada dia o significado de um amor que eu só ouvia falar e aquele bordão “só quem é mãe sabe” começa a fazer todo sentido.Ter filhos muda a rotina, porém é necessário ter o autocuidado. A Mariana está com 4 meses e eu já consigo realizar atribuições do dia a dia, atividades que me dão prazer como frequentar academia e incluí-la na minha rotina de correr ao ar livre.A vida inteira eu sonhei em ser mãe e este ano realizei este sonho. Ser mãe é algo valioso é imensurável”.
Ela ainda se encontra de licença-maternidade, mas já está organizando sua rotina adaptada para conciliar maternidade e trabalho.
Kelly e a pequena Mariana
O Humap possui diversos casos de maternidade extraordinárias, não só de colaboradoras, mas de pacientes e acompanhantes que com garra, fé, força são capazes de amar e cuidar de seus filhos como ninguém e ainda assim atuar profissionalmente de forma admirável.
Desejamos a cada uma delas, aqui representadas por essa história, um Dia das Mães muito especial, cheio de amor, carinho, reconhecimento e saúde!
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Os hospitais universitários são, por sua natureza educacional, campos de formação de profissionais de saúde. A Rede Hospitalar Ebserh não é responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país, apenas atua de forma complementar ao SUS.