Filhotes são sempre fofinhos, mas nem todos os tutores desejam que seus animais se reproduzam. A castração para esses casos é o mais indicado e por isso, a Prefeitura de Campo Grande, através da Subsecretaria de Bem-Estar Animal (Subea), tem realizado ações de educação e castração para controle populacional dos animais.
Segundo a subsecretária da Subea, Ana Luiza Lourenço, estima-se que atualmente em Campo Grande, exista aproximadamente mais de 300 mil animais domiciliados, mas uma porcentagem baixa desses animais é castrada.
A conscientização da população sobre a importância da castração, além de evitar ninhada indesejada, evita algumas complicações que acometem os animais, independente do gênero.
A gata Eva, chegou até a Subea, após a tutora perceber que o tempo de gestação dela estava longo demais. Segundo Stéfanie Centurion, veterinária da Subea, a gatinha já chegou com os filhotes mortos dentro da barriga. “A morte fetal, é uma condição comum de acontecer. Não tem um motivo especifico, e pode acometer tanto felinos quanto caninos”.
Em casos como esse, o animal precisa passar por uma cesariana de urgência para retiradas dos bebes. “Caso o animal não entre em trabalho de parto, é necessário realizar a retirada de urgência, porque eles podem acabar causando uma infecção generalizada na mãe e levá-la a morte”, destaca a veterinária.
Outro caso muito comum no dia a dia da Subsecretaria é de animais com piometra, que é infecção no útero. A doença acomete durante o período de cio da cadela, seu útero fica mais exposto e suscetível à contaminação por bactérias, desencadeando o processo de infecção.
Foi o que aconteceu com a cadela Sofia. Seu tutor a levou até a Subsecretaria após a cachorrinha apresentar aumento de volume abdominal, dor e secreção vaginal. “Ela foi diagnosticada e encaminhada para cirurgia bem rápida. Hoje, ela está ótima”, relatou.
Há cinco meses, o cachorro Bethoven apresentou um nódulo testicular e sua tutora, Jessica Soares, procurou a Subea para saber se ele podia passar por procedimento de retirada, já que ele é positivo para leishmaniose. “Ele já fazia acompanhamento para controle da doença, mas o nódulo cresceu muito rápido e fiquei assustada”, relatou a tutora.
Na subsecretaria Jessica conta que foi muito bem instruída sobre o procedimento e a importância de castrar animais positivos para a leishmaniose. “Desde o atendimento na Subea até o encaminhamento para UFMS, onde foi realizado o procedimento, foi muito rápido. Não sabia que tinha esse convênio, achei que tinha que pagar”, destacou.
Programa de castração
A Subea possui programa de castração gratuita para cães e gatos, machos e fêmeas, de Campo Grande. Para participar do programa de castração da Subsecretaria, o tutor interessado deve apresentar o número do NIS, documento de identidade oficial com foto e comprovante de residência.
São disponibilizados 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30 e, 15 senhas à tarde, a partir das 13 horas.
Ao comparecer na sede da Subea, o tutor já deve levar o pet. O animal será avaliado e microchipado pela equipe veterinária e, estando apto para a castração, já sairá com o encaminhamento com o local, data e hora do procedimento agendado.
Com informações da assessoria