Páginas oficiais de órgãos de saúde, como as secretarias estaduais e municipais, o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), estão entre as melhores fontes para tirar dúvidas e saber qual é a recomendação de vacinação para cada faixa etária e situação de saúde. Além delas, instituições científicas como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) oferecem muito conteúdo em linguagem acessível para esclarecer a população sobre os benefícios e a segurança da vacinação.
Especialistas em vacinas ouvidos pela Agência Brasil recomendam que a população busque essas fontes para se informar, e aproveite também o contato com unidades e profissionais de saúde para tirar dúvidas e buscar orientações sobre seu calendário vacinal ou o de alguém de sua família.
Coordenadora do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), projeto da Fiocruz e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/UNIFASE), a pediatra Patrícia Boccolini destaca que estar munido dessas informações é essencial para tomar as melhores decisões para a sua saúde.
“Onde procurar? Em fontes oficiais de saúde. Por exemplo, no site da OMS, no site do Ministério da Saúde, que são organizações que baseiam suas recomendações em evidências científicas sólidas. Também em universidades e instituições de pesquisas médicas. Profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, pessoas nos postos de saúde também são boas fontes. A vantagem é que essas pessoas têm um conhecimento sobre o nosso histórico médico, isso é interessante.”
Para a médica, tão importante quanto saber onde procurar, é saber que tipo de fontes evitar.
“O principal é evitar fontes que não sejam verificadas, fontes provenientes de redes sociais, influenciadores. A informação pode estar aí sem nenhum crivo. A pessoa pode simplesmente chegar no Instagram e falar qualquer coisa sem respaldo de uma instituição com credibilidade.”
Presidente do Instituto Questão de Ciência, a microbiologista e escritora Natalia Pasternak também considera que as redes sociais não são o lugar adequado para a busca de informações sobre saúde, pelos mesmos motivos destacados pela coordenadora do Observa Infância.
“A primeira coisa é procurar informação oficial. Parece bobagem dizer isso, mas é preciso dizer para as pessoas que mídia social não é para se informar. É um lugar de troca de dicas, de trocas de ideias, e pode até ser que apareça alguma coisa legal por lá, mas não é o lugar para ir buscar informações confiáveis, principalmente para temas de saúde.”
Com informações da Agência Brasil